especialidades


primeiros socorros





Situações vitais
Que fazer em caso de acidente
• Dominar rapidamente a situação e prevenir perigos mortais.
• Afastar os feridos dos locais onde estes possam correr perigo (ex. estradas, fogo).
Quando não fôr estritamente necessário nunca se deverá mover um ferido!
• Em caso de acidente de viação deve-se colocar o triângulo de sinalização num local bem visível e usar o colete de sinalização.
• Caso haja necessidade de chamar uma ambulãncia deverá mandar-se um terceiro. Nunca se deve deixar um ferido sózinho.
• Devem verificar-se o tipo e importância das lesões, controlar o pulso e a respiração do ferido.
• Os feridos graves deverão ser cuidados de acordo os princípios explicados em baixo.
A - Paragem respiratória - desobstruir vias respiratórias, praticar respiração artificial.
B - Hemorragias - colocar o ferido numa posição correcta; aplicar atadura que impeça a hemorragia.
C - Estado de choque - tomar medidas preventivas: alívio da dor; repouso; protecção do frio.



Na maioria das situações, excepto nos casos de suspeita de fractura da coluna vertebral ou do pescoço, deverá colocar a vítima na posição lateral de segurança (PLS).

Posição Lateral de Segurança

1 -Vire o corpo da vítima inconsciente, mas ainda a respirar, para a posição lateral de segurança, o que impedirá que sangue, saliva ou a língua obstruam as vias respiratórias.
2 -Estenda ao longo do corpo da vítima o braço que ficar mais perto de si. cruze o outro braço sobre o peito. Cruze a perna mais afastada sobre a que está mais próxima. 
3 -Ampare a cabeça da vítima com uma das mãos e com a outra agarre-a pela anca mais afastada. 
4 -Vire a vítima de bruços, puxando-a rapidamente para si e amparando-a com os joelhos. 
5 -Puxe a testa da vítima para trás, de modo a que a garganta fique direita. Assim, as vias respiratórias manter-se-ão desimpedidas, o que permite que a vítima respire livremente.
6-Dobre o braço que fica mais próximo de si para lhe sustentar o tronco. Dobre a perna mais próxima para servir de apoio ao abdómen. Retire o outro braço de debaixo do corpo. 
Quando há fractura de um braço ou de uma perna ou por qualquer motivo esse membro não puder ser utilizado como apoio da vítima na posição lateral de segurança, coloque um cobertor enrolado debaixo do lado ileso da vítima, o que elevará o corpo desse lado e deixará as vias respiratórias desimpedidas.



Os 10 mandamentos do socorrista

1. Mantenha a calma.
2. Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: Você é a prioridade (o socorrista). Depois a sua equipe (incluindo os transeuntes). E por último e nem menos importante, a vítima. Isso parece ser contraditório a primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas.
3. Ao prestar socorro, é fundamental ligar ao atendimento pré-hospital de imediato ao chegar no local do acidente. Podemos por exemplo discar 3 números: 112.
4. Sempre verifique se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente.
5. Mantenha sempre o bom senso.
6. Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos.
7. Distribua tarefas, assim os transeuntes que poderiam atrapalhar ajudá-lo-ão e sentir-se-ão mais úteis.
8. Evite manobras intempestivas (realizadas de forma imprudente, com pressa).
9. Em caso de múltiplas vítimas dê preferência àquelas que correm maior risco de vida como, por exemplo, vítimas em parada cárdio-respiratória ou que estejam sangrando muito.
10. Seja socorrista e não herói (lembre-se do 2o mandamento). 





Paragem respiratória
Como detectar:
Observar os sinais graves: Se o peito da vítima não se mexer ou se os lábios, face, língua e unhas ficarem azulados, certamente houve parada respiratória.

Como fazer a respiração artificial ou de socorro: 
Afrouxe roupas, desobstrua a circulação do pescoço, peito e cintura. Desobstrua as vias aéreas (boca ou garganta). Coloque a vítima em uma posição correta. Ritmo: 15 respirações por minuto. Observação importante: ficar atento para reiniciar o processo a qualquer momento, caso seja necessário.
Levantar o pescoço com uma das mãos, inclinando a cabeça para trás. Com a mesma mão, puxe o queixo da vítima para cima, impedindo que a língua obstrua a entrada e saída de ar. Coloque a boca sobre a boca. Feche bem as narinas da vítima com o polegar e o indicador. Depois sopre dentro da boca até que o peito se levante e deixe que o indivíduo expire livremente. Repita o processo na freqüência de 12 a 15 vezes por minuto (aproximadamente 1 insuflação de 5 em 5 segundos).

Durante a insuflação deve verificar-se se a caixa tóraxica se eleva indicando nesse caso que a via respiratória se encontra livre.
Em certos casos, por exemplo, na presença de vómitos ou de lesões na cara, a insuflação pode ser praticada através de um lenço ou qualquer pedaço de pano colocado sobre a boca do acidentado.
Se a existência de lesões na cara, ou outros motivos, não permitirem praticar a respiração boca a boca, insuflar-se-á o ar pelo nariz. Neste caso, coloca-se uma mão uma mão sobre a sua fronte para manter a cabeça inclinada para trás, e com a outra tapa-se a abertura bocal. Para não lhe comprimir as asas do nariz, abre-se a sua boca ao máximo.
Quando se suspeitar que existe uma lesão das vértebras cervicais, procura-se fazer com que as vias respiratórias fiquem livres elevando com cuidado o maxilar da vítima, introduzindo-lhe o polegar na boca ou pegando-lhe pelo ângulo do queixo.
Com crianças pequenasDeitar a criança com o rosto para cima e a cabeça inclinada para trás. Levantar o queixo projetando-o para fora. Evitar que a língua obstrua a passagem de ar. Colocar a boca sobre a boca e o nariz da criança e soprar suavemente até que o pumão dela se encha de ar e o peito se levante. Deixe que ela expire livremente e repita o método com o ritmo de 15 respirações por minuto. Pressione também o estômago para evitar que ele se encha de ar.
Cuidados:
Mantenha a vítima aquecida e afrouxe as roupas dela. Aja imediatamente, sem desanimar. Mantenha a vítima deitada. Não dê líquidos para a vítima inconsciente. Nunca dê bebidas alcoólicas logo após recobrar a consciência. São aconselháveis café ou chá. O transporte da vítima é desaconselhável, a menos que seja possível manter o ritmo da respiração de socorro. A posição precisa ser deitada. Procure um médico e transporte a vítima quando ela se recuperar.

O que pode causar:
Gases venenosos, vapores químicos ou falta de oxigênio. Procedimento: remover a vítima para local arejado e fora de perigo de contaminação. Em seguida, aplique a respiração artificial pelo método boca-a-boca.
Afogamento Procedimento: retirar a vítima da água. Inicie a respiração artificial imediatamente assim que ela atinja local plano, como por exemplo, no próprio barco. Agasalhe e comprima o estômago, se necessário, para expulsar o excesso de água.Sufocação por saco plástico Procedimento: rasgar e retirar o saco plástico, depois iniciar a respiração boca-a-boca.
Choque elétrico Procedimento: não tocar na vítima até ter a certeza que ela não está mais em contato com a corrente. Pode-se desligar a tomada quando possível ou tentar afastar a vítima do contato elétrico com uma vara ou algo semelhante que não seja condutor elétrico. Em seguida inicie a respiração artificial.
Abalos violentos resultantes de explosão ou pancadas na cabeça e envenenamento por ingestão de sedativos ou produtos químicos Procedimento: iniciar imediatamente a respiração boca-a-boca. Soterramento Procedimento: fazer respiração boca-a-boca vigorosamente, evitando novos desmoronamentos. Tentar liberar o tórax da vítima.
Sufocação por corpos estranhos nas vias aéreas do bebê, da criança, do adulto Procedimento: desobstruir as vias aéreas e iniciar a respiração artificial.





Paragem cardíaca
Sinais e sintomasAusência de pulso e dos batimentos cardíacos, além de acentuada palidez. Se detectado algum desses sinais a acção deve ser imediata e não será possível esperar o médico para iniciar o atendimento.
O que fazer
Aplique a massagem cardíaca externa.

Como fazer a massagem cardíaca
Colocar a vítima deitada de costas em superfície plana e dura. As mãos do atendente de emergência devem sobrepor a metade inferior do esterno. Os dedos ficam abertos sem tocar o tórax. A partir daí deve-se pressionar vigorosamente, abaixando o esterno e comprimindo o coração de encontro a coluna vertebral. Em seguida, descomprima. Repetições: quantas forem necessárias até a recuperação dos batimentos. É recomendável a média de 60 compressões por minuto.

Cuidados
Em jovens a pressão deve ser feita com apenas uma das mãos e em crianças com os dedos. Essa medida evita fraturas ósseas no esterno e costelas. Se houver parada respiratória juntamente com a cardíaca ambas devem ser realizadas, reciprocamente.

O que pode causarChoque elétrico Estrangulamento Sufocação Reações alérgicas graves Afogamento.



Ataque cardíaco
Sinais e sintomas
Dor, respiração, suores, vômitos e outros sinais.O que fazer
Mantenha a pessoa sentada ou deitada, desaperte-lhe as roupas, cubra-o se sentir frio, não tente transportá-lo sem ajuda ou supervisão médica. Somente dê algum medicamento se a vítima se ela já faz uso e costuma tomar em emergências.








Estado de choque
Sinais e sintomas
Pele fria, sudorese, palidez de face, respiração curta, rápida e irregular, visão turva, pulso rápido e fraco, semiconsciência, vertigem ou queda ao chão, náuseas ou vômitos.

O que fazer
1 - Avaliar rapidamente o estado da vítima e estabelecer prioridades.
2 - Colocar a vítima em posição lateral de segurança (PLS) se possível com as pernas elevadas.
3 - Afrouxar as roupas e agasalhar a vítima.
4 - Lembre-se de manter a respiração. Fornecer ar puro, ou oxigênio, se possível.
5 - Se possível dê-lhe líquidos como água, café ou chá.

O que pode causar
Queimaduras, ferimentos graves ou externos Esmagamentos Perda de sangue Envenenamento por produtos químicos Ataque cardíaco Exposições extremas ao calor ou frio Intoxicação por alimentos Fraturas

Desmaio
Pode ser considerado um leve estado de choque.
Sinais e sintomas
Palidez, enjôo, suor constante, pulso e respiração fracos.

O que fazer
1 - Colocar a vítima em Posição lateral de segurança com as pernas elevadas.
2 - 
Abaixar a cabeça e realizar leve pressão sobre a nuca.
3 - Desapertar as roupas que estejam apertadas.
4 - Nunca se deve dar de beber a uma pessoa desmaiada! Apenas quando recuperar o conhecimento (quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).

O que pode causar
Emoções súbitas, fadiga, ar sufocante, dor, fome ou nervosismo.




Afogamento
Sinais e sintomasAgitação, dificuldade respiratória, inconsciência, parada respiratória, parada cardiaca.

O que fazer

1 -Aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a com a cabeça fora d’água
2 -Procurar retirar os objectos estranhos que possam estar na boca e Iniciar imediatamente a respiração de socorro BOCA-A-BOCA, ainda com a vitima dentro d’água.
3 -Coloque a vítima em decúbito dorsal (deitada de costas), com a cabeça mais baixa que o corpo, quando fora d’água;
4 -INSISTA na respiração de socorro BOCA-A-BOCA, se necessário
5 -EXECUTE a massagem cardíaca externa, se a vitima apresentar ausência de pulso e pupilas dilatadas
6 -Friccione vigorosamente os braços e as pernas do afogado, estimulando a circulação
7 -Remova IMEDIATAMENTE a vitima para o SERVIÇO DE SALVAMENTO ou o hospital mais próximo.
Advertência
Se a pessoa que se afogar conservar o conhecimento, corre-se o perigo de se deixar dominar pelo pânico e arrastar o socorrista.
O melhor será atirar-lhe alguma coisa a que possa agarrar-se, por exemplo, um remo.Em caso contrário, segura-se a cabeça por trás e puxa-se pelas costas até terra.

Explicação científica
Entende-se por afogamento a asfixia em meio líquido

A asfixia pode dar-se pela aspiração de água, causando um encharcamento dos alvéolos pulmonares, ou pelo espasmo da glote, que pode vir a fechar-se violentamente obstruindo a passagem do ar pelas vias aéreas.

No caso de asfixia com aspiração de água, ocorre a paralisação da troca gasosa, devido o líquido postar-se nos alvéolos, não deixando assim que o O2 passe para a corrente sanguínea, e impedindo, também, que o CO2 saia do organismo. A partir daí as células que produziam energia com a presença de O2 (aerobicamente), passarão a produzir energia sem a presença dele (anaerobicamente) causando várias complicações no corpo, como por exemplo, a produção de ácido lático, que vai se acumulando no organismo proporcionalmente ao tempo e ao grau de hipóxia (diminuição da taxa de O2).
Associado à hipóxia, o acúmulo de ácido lático e CO2 causam vários distúrbios no organismo, principalmente no cérebro e coração, que não resistem sem a presença do O2. Soma-se também aesses fatores a descarga adrenérgica, ou seja, a liberação de adrenalina na corrente sanguínea, devido à baixa de O2, o estresse causado pelo acidente e também pelo esforço físico e pela luta pela vida, causando um sensível aumento da frequência cardíaca, podendo gerar arritmias cardíacas (batimentos cardíacos anormais), que podem levar à parada do coração. A adrenalina provoca ainda uma constriçãodos vasos sanguíneos da pele que se torna fria podendo ficar azulada. Tal coloração é chamada de cianose.
A água aspirada e deglutida provoca uma pequena alteração no sangue, tais como: aumento ou diminuição na taxa de sódio e de potássio, além do aumento ou diminuição do volume de sangue (hiper ou hipovolemia) - dependendo do tipo de água (doce ou salgada) em que ocorreu o acidente - e destruição das hemáceas. Com o início da produção de energia pelo processo anaeróbico, o cérebro e o coração não resistem muito tempo, pois bastam poucos minutos sem oxigênio (anóxia), para que ocorra a morte desses órgãos.





Feridas
Ferimentos Leves ou Superficiais
O que fazer
Faça limpeza do local com soro fisiológico ou água corrente, curativo com mercúrio cromo ou iodo e cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, encaminhando a vítima ao pronto Socorro ou UBS
.

Cuidados 
Não tente tirar farpas, vidros ou partículas de metal do ferimento.

Ferimentos profundos (caso haja hemorragia, siga as instruções anteriores)
Ferimentos abdominais abertos
Procedimentos: evite mexer em vísceras expostas, cubra com compressa húmida e fixe-a com faixa, removendo a vítima com cuidado a um pronto-socorro mais próximo.
Ferimentos profundos no tórax
Procedimentos: cubra o ferimento com gaze ou pano limpo, evitando entrada de ar para o interior do tórax, durante a inspiração. Aperte moderadamente um cinto ou faixa em torno do tórax para não prejudicar a respiração da vítima.

Ferimentos na cabeça
Procedimentos: 
afrouxe suas roupas, mantenha a vítima deitada em decúbito dorsal e agasalhada. Faça compressas para conter hemorragias, removendo-a ao posto de saúde mais próximo.
Não dar de beber ou comer a um ferido. Não será aconselhável se tiver de ser operado. Os alimentos sólidos podem piorar o seu estado.

Ferimentos Perfurantes
O que são: 
Lesões causadas por acidente com vidros e metais, etc.

O que fazer: 
Farpas - Prenda-as com uma atadura sobre uma gaze.
Atadura - Nos dedos, mãos, antebraço ou perna, cotovelo ou joelho -
Como fazer. Bandagem - Serve para manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo lesada.

Cuidados:A região deve estar limpa e os músculos relaxados. Começar das extremidades dos membros lesados para o centro. Qualquer enfaixamento ou bandagem que provoque dor ou arroxeamento na região deve ser afrouxado imediatamente.
Ferimentos na Cabeça
O que fazer: 
Quando se suspeita que existe comoção cerebral (perda de conhecimento durante 1 hora, indisposição e vómitos
- Deverá evitar-se todo o esforço corporal.
- Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
- Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras.
- Se o sangramento for no nariz, na boca ou num ouvido, vire a cabeça da vítima para o lado que está sangrando.
- Se escoar pelo ouvido um líquido límpido, incolor, deixe sair naturalmente, virando a cabeça de lado. 
- Deverá recorrer a tratamento médico.

No caso de feridas graves:

- Deverá praticar-se uma atadura protectora de uma eventual lesão traumática.
- Se o ferido tiver perdido o conhecimento deverá ser colocado em posição lateral de segurança (PLS)
- Deverá ser transportado ao hospital de preferência em ambulância.
Nunca se deverá tentar tirar lascas de osso.



Ataduras:
Com o objetivo de manter um curativo, uma imobilização de fratura ou conter provisoriamente uma parte do corpo, empregam-se ataduras. Na falta de ataduras, use tiras limpas de um lençol, de uma saia, um lenço, um guardanapo ou uma toalha. Na aplicação de uma bandagem tome os seguintes cuidados:
A região deve estar limpa
Os músculos relaxados
Enfaixe no sentido da extremidade para o centro, Ex: nos membros superiores, no sentido da mão para o braço
Não imprima uma pressão excessiva ao enfaixar. A circulação deve ser mantida
Deixe sempre as extremidades (dedos) livres, para observar arroxeamento e frio na pele local.






Mordidas de animais
Mordidas de cobras

Gravidade: Aproximadamente 1% das picadas de cobras venenosas são fatais quando a vítima não é socorrida a tempo. Mesmo que seja impossível reconhecer a cobra que causou o acidente, é necessário procurar um médico, enquanto mantém-se a vítima deitada e calma.

O que fazer: Deite a vítima e evite esforços desnecessários, pois o estímulo da circulação sanguínea espalha pelo corpo o veneno. Aproveite os primeiros 30 minutos para chupar o sangue local e sugar o veneno ou faça compressões com as mãos no local da mordida. Se não houver sangramento, tente retardar a circulação sanguínea. Aplicar compressas frias sobre o local da picada e conduzir imediatamente para o médico.

Cuidados: Evite que a vítima caminhe. Após 30 minutos a única solução é o encaminhamento médico. Arames, cordas ou barbantes não devem ser utilizados como garrote. Tente levar a cobra para identificação no hospital.
Diferenças entre venenosas e não venenosas: Venenosas – possuem fosseta lacrimal, cabeça triangular, olhos pequenos, cauda afinando abruptamente, escamas com desenhos irregulares, 02 presas no maxilar superior. Não venenosas – têm cabeça arredondada, olhos grandes, cauda longa e afinando gradativamente, dentes pequenos e mais ou menos iguais, não tem fosseta lacrimal.

Mordidas de animais raivosos
Cuidados: Quem for mordido por um animal deve suspeitar de raiva e mantê-lo em observação até prova em contrário. (10 dias). Mesmo vacinado o animal pode, às vezes, apresentar a doença. Todas as mordidas de animais devem ser vistas por médico.
O que fazer: Lave a ferida imediatamente com água e sabão. Pincele com mercúrio-cromo ou outro. Encaminhe a um médico.






Perda de conhecimento
O que fazer: quando se suspeitar que existe uma lesão na cabeça, deve colocar-se a pessoa que perdeu conhecimento em posição lateral de segurança (PLS), com as pernas mais elevadas que a cabeça.
Esta posição para além de impedir a obstrução das vias respiratórias pela língua, também impede a aspiração de líquidos ou sólidos (por exemplo, durante o vómito).
As vias respiratórias deverão ficar desobstruídas e se a respiração parar deverá proceder-se de imediato à respiração artificial boca a boca.
Deve afrouxar-se-lhe as peças de vestuário demasiado apertadas.
Nestes casos, a vítima deverá ser transportada a um hospital.

Nunca se deve dar de beber a quem tiver perdido o conhecimento.

Desmaio
O desmaio é uma forma corrente, e muitas vezes pouco perigosa, de perda de conhecimento.
Deve-se ao facto do cérebro receber insuficiente irrigação sanguínea e pode ser provocado por vários factores - ar sufocante, esforço, emoção, dor, etc.
Sintomas: enjôo, amolecimento, palidez e suores frios.
O que fazer: uma pessoa que desmaiar ou estiver prestes a isso tem de ficar deitada e deve-se afrouxar as roupas apertadas.
P ara aumentar a irrigação sanguínea do coração e portanto ao cérebro, deve-se elevar as pernas.
Apenas quando a pessoa tiver recuperado o conhecimento poderá ser dado algo para beber (na prática, a vítima só poderá beber quando fôr capaz de segurar o copo por ela própria).




Picadas de Insecto
Gravidade: Algumas pessoas são muito sensíveis a picadas de insetos e podem correr risco de vida se não forem imediantamente atendidas. Pessoas alérgicas podem sofrer reações graves.
O que fazer: Retire o "ferrão" do inseto. Pressione o local. Aplique gelo ou lave em água fria. Procure socorro médico.
Picadas de escorpião, centopeia e aranha
O que fazer: Procure um médico imediatamente. Na ausência ou falta do médico, aplique o soro específico, se possível dentro da primeira hora da mordida. Coloque compressa de álcool sobre o local da picada. Aplique também gelo ou compressas frias. Mantenha a vítima em repouso.
Picadas de abelha e vespa
O que fazer: Humedecer a picada com desinfectante.
Se o inchaço fôr muito grande ou se produzirem problemas respiratórios ou cardíacos (caso que sucede raras vezes) o médico deverá ser chamado.
Picadas de carrapato
O que fazer:Ao picar ele fica preso, pelo que se deve esfregar com petróleo ou azeite até se soltar. Se nao, "desenrosca-se" em sentido contrário ao dos ponteiros do relógio.




Queimaduras
O que são: Toda e qualquer lesão decorrente da ação do calor sobre o organismo é uma queimadura.
Gravidade: Uma pessoa com 25% do corpo queimado está sujeita a "choque de queimadura" e pode morrer se não receber imediatamente os primeiros socorros.
O que pode causar: Corpo em contato com: chama, brasa ou fogo, vapores quentes, líquidos ferventes, sólidos super-aquecidos ou incandescentes, substâncias químicas, emanações radioativas, radiações infra-vermelhas e ultra-violetas e eletricidade.
Classificação das queimaduras: 
1º Grau – lesões das camadas superficiais da pele. Ex: raios solares.
2º Grau - formação de bolhas na área atingida
3º Grau - atinge tecidos mais profundos até o osso.

Gravidade: O risco de vida está na extensão da superfície atingida devido ao estado de choque e contaminação da área (infecção bacteriana).
O que fazer: Prevenir o estado de choque. Controlar a dor e evitar contaminação.
Pequenas queimaduras
Atingem menos de 10% do corpo.
O que fazer: Lavar com água em abundância.

Grandes queimaduras (atingem mais de 10% do corpo)
O que fazer:
Colocar um pano bem limpo e humedecido (não fure as bolhas, evite tocar a área queimada).
Prevenir o estado de choque
Levar a hospital.

Queimaduras químicas (Ácidos - soda cáustica, outros produtos químicos)
O que fazer: Pequenas - Lavar o local com água corrente. Extensas - Retirar toda a roupa atingida e lavar abundantemente com água a região.

Cuidados: Não aplique ungüentos, graxas, bicarbonato de sódio ou outras substâncias em queimaduras. Não retire corpos estranhos ou graxas das lesões. Não fure as bolhas existentes, nem toque com as mãos a área afetada.

Queimaduras nos olhos
O que pode causar: Contato dos olhos com substâncias irritantes, como ácidos, álcalis, água quente, vapor, cinzas quentes, pó explosivo, metal fundido e chama direta.
O que fazer: Lavar os olhos com soro fisiológico. Venda-los com gaze humedecida e levar ao médico com urgência.
Nota sobre incêndios nas pessoasO fogo deve ser extinto imediatamente. Se não houver extintor à mão, deve-se usar um cobertor ou algo semelhante. A água é boa extintora salvo nos incêndios de produtos que contenham óleos ou derivados do petróleo. Se as roupas contiverem óleos ou derivados devem ser retiradas assim que possível.
Quando se incendeiam as roupas: devem apagar-se rapidamente com água. Quando não houver água à mão, a vítima deve rebolar-se pelo chão, apagando-lhe o fogo com um cobertor ou algo semelhante. Deve proteger-se o rosto das chamas. Nunca se deve correr com as roupas a arder





















Aracnídeos
Saiba mais sobre os aracnídeos, espécies mais conhecidas: aranhas, carrapatos, escorpiões, etc.
Principais características destes artrópodes, habitat, reprodução, etc.
aracnídeos Aranha: um aracnídeo muito temido pelas pessoas
  
O que são 
Os aracnídeos são organismos pertencentes à classe Arachnida do filo dos Artrópodes. Desta classe fazem parte mais de 60.000 espécies, entre elas: aranhas, carrapatos, escorpiões, etc.
Características
 Os artrópodes possuem um sistema nervoso bastante desenvolvido e muitos deles, como a aranha e o caranguejo, possuem exoesqueleto, ou seja, uma dura carcaça externa.

Dentro desta enorme variedade, a grande maioria desta espécie é composta  por animais terrestres que respiram através de traquéias. Contudo, alguns realizam a respiração cutânea e outros possuem pulmões folhosos.

Os aracnídeos são em sua maior parte, predadores, algumas espécies, inclusive, possuem glândulas de veneno com o qual abatem as suas presas.

Sua reprodução se dá por meio de fecundação interna, geram ovos de onde saem diminutos seres que não passarão por metamorfose.

Uma curiosidade sobre alguns aracnídeos como as aranhas e os ecorpiões, é o fato de que as primeiras são capazes de sobreviver em muitos tipos de ambientes, já os escorpiões são mais facilmente encontrados em regiões mais áridas. Contudo, ambos podem viver próximos da água. Algumas aranhas, inclusive, são capazes de andar sobre a água para capturar suas presas.
Espécies de aracnídeos
















Anfíbios
Saiba mais sobre os anfíbios, seu habitat natural, reprodução, desenvolvimento, classificação, ciclo de vida e muito mais.
 Sapo: um dos anfíbios mais conhecido
Introdução 
Os anfíbios são seres vivos que durante seu ciclo de vida passam por duas fases: uma aquática e outra terrestre. Esta espécie é classificada em dois grupos principais: anfíbios com cauda e sem cauda. Os que não possuem cauda (rãs e sapos) são mais desenvolvidos em relação aos que possuem (salamandras).
Ciclo de vida 
No início de seu ciclo de vida, eles vivem exclusivamente dentro da água e, nesta fase, possuem a forma de alevino (filhote de peixe), realizando somente a respiração branqueal.

Após sua metamorfose, eles deixam de depender exclusivamente do ambiente aquático para sobreviver e passam a viver em habitat terrestre; contudo, este novo ambiente deverá ser úmido para garantir a sobrevivência desta espécie.

Apesar de possuírem pulmões, seus alvéolos são insuficientes para suprir toda a troca de gases necessária para sua sobrevivência. Por esta razão, eles absorvem oxigênio pela pele, e este processo é bem mais eficiente quanto eles a mantêm umedecida, por isso, eles precisam viver em ambientes úmidos.

Reprodução 

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Sua reprodução é sexuada externa, este processo se dá quando o macho lança seus gametas nos óvulos liberados pela fêmea. De modo geral, este processo ocorrerá em água doce, e, uma vez fecundados, os ovos permaneceram em ambiente aquático até o nascimento dos girinos.

Pelo fato de estarem protegidos pela água, os ovos dos anfíbios não necessitam de anexos embrionários adaptativos como, por exemplo, a bolsa amniótica. Esta é das características que os tornam diferentes dos vertebrados terrestres












Insetos
Vida dos insetos, características, habitat, reprodução, corpo, mosquitos, borboletas, abelhas

inseto Formiga: um dos insetos mais populares
  
O que são 
Os insetos são animais invertebrados e fazem parte da classe insecta. Sugiram há milhões de anos. Cientistas afirmam que os primeiros surgiram há cerca de 500 milhões de anos. Atualmente, existem milhares de espécies e, entre elas, podemos destacar: borboletas, moscas, traças, abelhas, vespas, besouros, formigas e muitas outras.
Informações 
Independente de sua classificação, o corpo de todos eles divide-se em três partes: cabeça, tórax e abdome. Os insetos possuem também seis pernas anexas ao tórax e, nesta região, pode haver também duas asas ou, em alguns casos, quatro delas. 
Grande parte dos insetos possui dois olhos, formado por vários outros menores, ou olhos simples, ou seja, tem a formação de vários olhos em um só. A respiração ocorre através de pequenos orifícios (buraquinhos) em sua pele. A grande parte dos insetos apresentam antenas que lhes proporcionam um olfato muito apurado, o que lhes permite capturar de forma mais precisa às suas presas. 
No tocante ao seu desenvolvimento, a maioria dos insetos passa por vários estágios até chegar a fase do amadurecimento. As borboletas, por exemplo, passam por quatro fases: ovos, larvas, crisálidas e, por último, tornam-se adultas da forma como as conhecemos, com suas lindas asas coloridas e grandes. 
Existem também, os insetos que vivem em comunidade, as formigas e as abelhas fazem parte desta categoria. Estas duas espécies são extremamente organizadas e dividas hierarquicamente (por funções). Nas colméias de abelhas, por exemplo, há a abelha rainha (responsável pela reprodução) e as operárias (que trabalham todo o tempo). 
Outros tipos bem conhecidos são os insetos-folhas, que fazem parte da família das baratas e são encontrados facilmente nas áreas tropicais de nosso planeta. Este tipo de inseto costuma ficar imóvel durante o dia (usando a capacidade demimetismo), saindo somente no período da noite para procurar alimentos. Entre eles, somente os machos é que possuem a capacidade de voar.
Da mesma família, fazem parte os insetos-gravetos, que se parecem com pequenos galhos de árvore e como camuflagem, possuem em seus corpos áreas esverdeadas que lembram musgos. Este atributo os torna capaz de se misturarem com a paisagem (árvores, plantas e folhas) da região em que habitam, e, desta maneira, eles podem enganar suas presas e predadores. 
Muitos destes insetos tem se tornado uma praga para a população dos grandes centros urbanos. É o caso dos conhecidos cupins e das formigas que avançam dentro das casas deixando um rastro de destruição. Com as construções de cimento e concreto, cada vez mais comuns, estes insetos tiveram suas fontes de alimentação esgotadas, e a única maneira de sobreviverem foi a disputa de espaços com os seres humanos.

Curiosidade
- Existe uma ciência que estuda os insetos e o nome dela é entomologia.















Crustáceos
Vida dos crustáceos, classificação, habitat, reprodução, camarão, caranguejo
crustáceo Lagosta: exemplo de crustáceo
  
O que são 
Os crustáceos são animais invertebrados e pertencem à classe dos artrópodes, desta classificação fazem parte os seres que possuem pernas articuladas, mas sem espinha dorsal. Também pertencem a esta categoria a craca (encontradas em ecossistemas litorâneos), o camarão, a lagosta e o caranguejo.
Informações 
A maioria dos crustáceos habita no mar, mas há algumas espécies de caranguejos que são capazes de viver também no ambiente terrestre. O bicho-de-conta (também conhecido como tatuzinho), encontrado facilmente nos jardins domésticos, também faz parte desta classe.
Quase todos os seres desta espécie nascem de ovos, sendo que maioria deles atravessa uma fase intermediária pelo qual se mostram muito diferentes dos animais em que se transforma quando adultos. Ao chegarem à fase adulta, cobrem-se com uma casca grossa (carapaça). Posteriormente, essas cascas sofrem um processo natural de mudança e substituição.
O menor crustáceo que há na natureza é a pulga da água, cujo tamanho é tão reduzido que ela mal pode ser visualizada a olho nu. O maior deles é um caranguejo, encontrado no Japão, pois ele possui pernas muito grandes e estas possibilitam que ele se movimente em grande velocidade. 
Os crustáceos de menor tamanho servem de alimento para muitos peixes, principalmente quando ainda se encontra em sua forma larval; nesta fase são devorados em grandes quantidades por algumas espécies de baleias.Estas preferem alimentar-se de camarões que, por sua parte, também se alimentam de outros tipos de crustáceos. Desta forma, o equilíbrio da cadeia alimentar no ecossistema aquático é mantido.
Classificação científica:
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Subfilo: Crustacea
Curiosidade
- A palavra crustáceo origina-se do latim, onde crusta significa carapaça dura.











FISIOLOGIA DO COMPORTAMENTO ANIMAL



Células nervosas e comportamento

No Jardim Botânico, deitado sobre a grama você fecha os olhos e toma ciência de vários sons

dissonantes (vento, farfalhar de folhas, etc.) e, entre eles, o som melodioso de um pintassilgo e se

pergunta:

1. Como o pássaro produz sons? (Que mecanismo o grilo usa para gerar esses sons?)

2. O que o estimula a “cantar” ? (O que deflagra o comportamento de emissão de som?)

3. Será que ele aprendeu a cantar ou já nasceu sabendo? (O comportamento é inato ou aprendido?)

Estas questões são perguntas típicas de quem busca compreender o mecanismo de

organização do comportamento, ou seja, está interessado em identificar os elementos estruturais e

funcionais do mecanismo de produção da vocalização.

Quais são os órgãos do corpo que expressam o comportamento? Quem controla esses órgãos?

Em todos os animais que tem organização metazoária, há um sistema de órgãos somáticos e viscerais

que expressam uma das duas atividades motoras: contração muscular (músculos) e secreção

(glândulas). Esses órgãos por sua vez são controlados pelos sistemas de controle: o nervoso e

endócrino.

A figura abaixo ilustra a participação do sistema músculo-esquelético na elaboração de dois

padrões de comportamentos: o salto da rã e o movimento de elevação do antebraço humano. O salto da

rã envolve principalmente dois tipos de músculos: os músculos flexores que ao se contraírem dobram as

pernas e os músculos extensores que as esticam. Para dar o pulo, primeiro, a rã flete a perna e eleva o

corpo e em seguida, contrai rápida e poderosamente os músculos extensores e aplica força gerada

contra o chão. A conseqüência é o lançamento do corpo para frente. O nosso movimento cotidiano de

elevar e abaixar o antebraço para as mais diferentes tarefas básicas também envolve dois músculos de

ação antagônica: os tríceps que os abaixam (extensão) e os bíceps que elevam (flexão).

São movimentos simples, mas de grande valor adaptativo: pode ser a diferença entre a vida e a

morte para a rã na tentativa de fugir de um predador. Para que os órgãos efetuadores do corpo possam

realizar movimentos e posturas é necessário a participação do Sistema Nervoso o qual levará em conta























Répteis

Caraterísticas

Se houvesse um campeonato de popularidade entre os grupos animais, dificilmente os répteis seriam campeões. Nós, os mamíferos, temos uma certa aversão natural àquelas criaturas rastejantes e escamosas. Prova disso é o nosso relacionamento nada cordial com as serpentes, contra as quais muitas espécies são atavicamente prevenidas. Sem falar nas muitas mitologias que as associam ao mal em estado puro.Os répteis são vertebrados tetrápodes pertencentes à classe Reptilia. O nome do grupo vem do latim, reptilis, que significa rastejar, e faz referência ao modo de locomoção de muitos desses animais. São conhecidas mais de 8.000 espécies de répteis, espalhadas dos trópicos até as regiões de clima temperado. Esses animais habitam ambientes terrestres, marinhos e de água doce.



Divulgação/Zoológico-SP
O crocodilo pode passar anos sem se alimentar


Os répteis também são freqüentemente apresentados como criaturas pouco evoluídas, com organismos e estruturas físicas inferiores às dos animais de sangue quente (mamíferos e aves) e dotados de cérebros pequenos e mal formados que os tornam ridiculamente estúpidos. Mas basta olharmos para aqueles animais com mais atenção e menos preconceito e descobriremos neles criaturas notáveis.

Répteis são criaturas respeitáveis

Afinal, se os humanos estão entre os caçulas da família de seres vivos do planeta, contando seu tempo na casa da centena de milhar de anos, os répteis já se banhavam ao sol antes de os grandes dinossauros dominarem o mundo e continuaram por aqui, com pouquíssimas mudanças, depois que eles se foram. Ou seja, os répteis protagonizaram uma história de sucesso evolutivo por centenas de milhões de anos, o que, por si só, já os faz merecer algum respeito.

Se as tartarugas e crocodilos de hoje são essencialmente os mesmos que dividiam o período Jurássico com os dinossauros é porque combinaram características vitais para a sobrevivência a longo prazo das espécies: grande adaptação ao seu ambiente e às mudanças, mesmo bruscas, que este ambiente sofre ao longo do tempo.

Ectotermia vs. endotermia

Os répteis são ectotérmicos, isto é, dependem do calor do ambiente externo para regular a sua temperatura corpórea, daí aquelas cenas conhecidas dos jacarés tomando banho de sol à beira dos rios do pantanal.

Ao contrário dos mamíferos e aves que são endotérmicos, ou seja, que utilizam o calor interno para manter a temperatura corpórea, as cobras, lagartos, tartarugas, crocodilos e demais parentes não possuem temperatura corporal constante.

É por conta disto que ursos, focas e pingüins podem suportar o frio das regiões polares onde nenhum réptil sobreviveria, uma vez que o metabolismo dos mamíferos e aves produz o calor necessário para mantê-los aquecidos.

A primeira vista, este seria um dos sinais da inferioridade biológica dos répteis, mas quando consideramos que um crocodilo adulto, após um período de alimentação abundante, pode passar até dois anos sem comer, vemos que a fisiologia deles não é tão fraca assim.

Harriet e Darwin

Como os répteis regulam sua temperatura corporal ao sol, não precisam consumir energia derivada de alimentos para manter o funcionamento de seus organismos. Sendo a luz solar gratuita e abundante, esta solução evolutiva mostrou-se muito eficiente.

E ainda deve-se levar em consideração o quesito da longevidade. Se os humanos com toda sua medicina e ciência alcançam em média períodos de vida em torno de 70 a 80 anos, é de causar inveja o fato de Harriet, uma tartaruga das Ilhas Galápagos que foi estudada por Charles Darwin, ter falecido recentemente na tenra idade de 176 anos.

Nem todos os répteis têm este tempo todo de vida disponível, mas crocodilos e outras espécies podem alcançar idades avançadas.

Existem quatro ordens de répteis:










  • Ordem Crocodilia - crocodilos, jacarés e gavial: 23 espécies




























  • Ordem Rhynchocephalia - tuataras da Nova Zelândia: 2 espécies




























  • Ordem Squamata - lagartos, camaleão e cobras: aproximadamente 7.600 espécies




























  • Ordem Testudinata - tartarugas: aproximadamente 300 espécies




















  • Os répteis estão sempre por aí, seja a tartaruguinha do aquário ou a lagartixa que sobe pela parede do terraço, cada um deles com sua função no equilíbrio ecológico. Mesmo as tão mal faladas serpentes são indispensáveis, uma vez que a população de roedores silvestres aumentaria sem controle sem a ação predadora das cobras.

    Ovíparos ou ovovivíparos

    Os répteis têm respiração pulmonar e um coração de três cavidades no qual o sangue arterial e o venoso se mistura, ao contrário do que acontece nos mamíferos e aves onde o sangue das artérias e das veias segue caminhos próprios pelo coração sem se misturar.

    A reprodução dos répteis é sexuada, ovípara quando as fêmeas põem ovos ou ovovivípara, quando os filhotes se desenvolvem em ovos dentro do corpo da mãe.

    O comportamento dos répteis com os filhotes varia conforme a espécie, desde as tartarugas marinhas que enterram seus ovos na areia e simplesmente os abandonam, até os crocodilos e pítons, que defendem ferozmente seus ninhos após o nascimento dos filhotes.

    As mamães crocodilo realizam um cuidadoso ritual de transportar os filhotes recém-nascidos cuidadosamente na boca até um trecho seguro do rio ou lago onde eles possam encontrar alimento e se desenvolver. Na maioria das vezes não adianta muito, pois a grande maioria dos filhotes de répteis não atinge a idade adulta.

    Longevidade e estupidez

    Os répteis são assim, capazes de realizar as proezas de sobreviver a extinções em massa, cumprir períodos de vida que atravessam séculos, passar anos sem alimento e ainda cuidar das crias com atenção e cuidado. Nada mal para seres tidos como pouco evoluídos.

    E aquela história de os répteis serem estúpidos?

    Bem, os cérebros e sistemas nervosos dos répteis de fato são mais simples, primitivos e proporcionalmente menores que o dos mamíferos. Mas é difícil crer que Harriet aceitasse renunciar aos seus quase duzentos anos de vida em troca de uma caixa craniana um pouco mais volumosa.

    Acredita-se que os primeiros répteis tenham evoluído a partir de anfíbios primitivos, há mais de 250 milhões de anos. Durante a Era Mesozóica, uma enorme quantidade de espécies habitava o planeta. Havia uma grande diversidade de formas, tamanhos e hábitos. Existiam desde pequenas espécies até algumas gigantescas, como certos dinossauros, com mais de 20 metros de comprimento. Muitos grupos existentes nessa época, como os dinossauros, encontram-se atualmente extintos.

    A conquista definitiva do ambiente terrestre

    Algumas características permitiram a conquista definitiva do ambiente terrestre pelos répteis. Essas características estão relacionadas, principalmente, ao fato de eles independerem da água para respirar e se reproduzir.

    A pele dos répteis é altamente queratinizada, sem glândulas de muco e revestida por escamas ou placas ósseas. Isso dificulta a perda de água através da superfície do corpo e protege os répteis da dessecação. A pele impermeável não permite a realização de trocas gasosas através da epiderme. Dessa forma, a respiração nos répteis é exclusivamente pulmonar.

    A maioria dos répteis excreta ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta concentrada, representando mais uma economia destes animais em relação à perda de água.

    Diversas características presentes nos ovos dos répteis permitiram que eles não dependessem da água para se reproduzir. O ovo desses animais possui uma casca grossa que impede o dessecamento do embrião. No entanto, a casca é porosa, permitindo a troca gasosa entre o embrião e o meio externo. Existem também, internamente, membranas e bolsas, chamadas de anexos embrionários, que participam de funções como a proteção, a nutrição, as trocas gasosas e a excreção dos embriões.

    Temperatura corpórea

    Os répteis, assim como os peixes e os anfíbios, são animais ectotérmicos (do grego, ektos, fora; e thermos, quente), ou seja, dependem de uma fonte de calor externa para manter a temperatura de seus corpos.

    Por isso, costumam procurar lugares ensolarados e quentes, como a superfície das rochas, até se aquecerem. Quando seu corpo ultrapassa a temperatura ideal, por volta de 37o, abrigam-se em lugares de sombra ou entram na água.

    A ectotermia geralmente limita a distribuição dos répteis às regiões de climas quentes. Porém, algumas espécies vivem em regiões de clima temperado, hibernando durante o inverno.

    Classificação

    Os répteis são divididos, atualmente, em quatro ordens: Chelonia (ouTestudinae), SquamataCrocodilia e Rhyncocephalia (ou Sphenodontia).

    Quelônios
    Os quelônios são as tartarugas, os cágados e os jabutis. São animais herbívoros que ocorrem no meio terrestre, marinho e de água doce. O corpo dos quelônios é recoberto por um exoesqueleto rígido, dividido em duas partes: uma ventral, chamada plastrão, e outra dorsal, denominada carapaça. Não possuem dentes e trituram o alimento com placas córneas presentes no interior da boca.

    Lacertílios e ofídios
    A ordem Squamata possui o maior número de espécies, divididas em duas subordens: os lacertílios e os ofídios. Os lacertílios são os lagartos e as lagartixas. Seu corpo é revestido por escamas, a língua é móvel e não existem dentes.

    Alguns lacertílios apresentam interessantes estratégias de defesa. Os camaleões, por exemplo, são capazes de alterar a coloração de seu corpo de acordo com o substrato no qual se encontram, ficando, desta forma, camuflados. Já as lagartixas podem soltar parte da cauda e fugir quando são atacadas por um predador.

    Os ofídios são representados pelas cobras. As cobras não possuem membros, são recobertas por escamas, apresentam uma língua bifurcada na extremidade e possuem dentes. As espécies peçonhentas, como a coral verdadeira e a jararaca, possuem glândulas produtoras de veneno.

    Além disso, as cobras peçonhentas apresentam, geralmente, outras características que as distinguem das espécies não peçonhentas: cabeça com formato triangular, ponta da cauda afilada e a fosseta loreal, um orifício localizado entre as narinas e os olhos que funciona como um sensor térmico, capaz de perceber a presença de uma presa graças ao calor emitido por seu corpo.

    O fato de existirem diversas cobras venenosas no Brasil não é motivo para pânico. Segundo o Instituto Butantan, embora ocorram cerca de 20.000 acidentes com cobras por ano, apenas 0,5% dos casos são letais. De acordo com o Butantan, o uso de botas de cano alto e de luvas ao mexer em locais que fornecem abrigo às cobras - como montes de folhas, entulhos ou buracos - pode evitar até 80% dos acidentes.

    Porém, no caso de uma picada, alguns procedimentos devem ser adotados: a vítima deve ser mantida deitada e deve ser encaminhada ao posto médico mais próximo para receber o soro antiofídico. Se possível, deve-se levar também a cobra, para que a espécie seja identificada e se possa administrar o soro com maior precisão. Em hipótese alguma devem ser feitos torniquetes ou cortes no local da picada, pois isso pode piorar o quadro de intoxicação pelo veneno.

    Crocodilianos
    Os crocodilianos são representados pelas espécies de crocodilos, jacarés e gaviais. Possuem o corpo revestido por grossa epiderme e placas córneas. Entre os répteis, os crocodilianos são os que atingem tamanhos maiores. Sua mandíbula é muito forte e sua mordida pode matar a presa rapidamente. Vivem próximos a rios e lagos, ou no mar, passando a maior parte do tempo dentro da água.

    Rincocéfalos
    A ordem Rhyncocephalia é representada, atualmente, apenas por duas espécies, conhecidas como tuataras, que ocorrem na Nova Zelândia. As tuataras possuem um corpo parecido com o dos lagartos, porém, diferentemente destes, não apresentam um órgão sexual copulador.














    Insetos

    Morfologia, alimentação, metamorfose e polinização

    Qual a forma de vida dominante no planeta Terra? A resposta correta depende de que tipo de dominância se está falando. Se for numérica, não tem para ninguém, este é o planeta dos insetos. Existem mais de setecentas mil espécies catalogadas de insetos, mais da metade de todos os grupos animais.

    Enquanto há menos de cinco mil espécies de mamíferos catalogadas, apenas a ordem dos coleópteros, que inclui as simpáticas joaninhas e todos os tipos de besouros, conta com trezentas e cinquenta mil espécies.

    Os insetos apresentam um sucesso evolucionário sem paralelo, que exibe uma série de recordes: habitam o planeta há milhões de anos, são os únicos invertebrados que possuem asas e podem voar, adaptaram-se a quase todos os ambientes, reproduzem-se maciçamente, possuem grande força e resistência física proporcional e várias espécies desenvolveram e mantém organizações sociais complexas.

    Anatomia dos insetos

    Por tudo isto, convém não confundirmos os insetos com seus primos distantes, os outros artrópodes, dos quais se diferenciam por algumas características facilmente identificáveis.

    A primeira e mais visível é que os insetos pertencem ao subfilo hexapóda, o que indica que eles têm três pares de patas. Aranhas, escorpiões e outros aracnídeos têm quatro pares de patas, crustáceos como a lagosta, o camarão e o tatuzinho de jardim somam dez patas e os miriápodes, como a centopéia, um montão.

    Outra característica visualmente identificável dos insetos é que todos têm o corpo dividido em três partes bem distintas, cabeça, tórax e abdome, conforme a figura que segue:



    Reprodução
    O corpo dos insetos se divide em abdome (1), tórax (2) e cabeça (3).


    Os insetos possuem esqueleto externo de quitina, sendo que em alguns coleópteros especialmente este revestimento se constitui numa verdadeira couraça natural, como no besouro da ilustração abaixo.


    Reprodução


    Se os coleópteros são pequenos blindados vivos, as outras principais ordens da classe dos insetos possuem cada uma suas capacidades especiais:

    Ortópteros, himenópteros, dípteros

    Os ortópteros, que reúnem gafanhotos e grilos, estão entre os melhores saltadores da natureza. Entre os himenópteros temos as abelhas, vespas e formigas, cujas sociedades são complexas e muito eficientes, além do que as formigas são os animais mais fortes em proporção ao seu tamanho.

    As moscas, mosquitos e outros membros da ordem dos dípteros (insetos com apenas um par de asas) reproduzem-se tão numerosamente que se não fosse pelos seus predadores e outros fatores limitantes, um único casal destes insetos poderia cobrir a Terra com seus descendentes.

    Com tais atributos, se houvesse uma olimpíada dos seres vivos os insetos levariam a maioria das medalhas de ouro.

    A metamorfose

    Várias espécies de insetos passam pelo processo de metamorfose antes de atingirem a forma adulta. Quando eclodem do ovo, possuem o formato de larva, criaturinhas que costumam se dedicar integralmente ao ofício de comer. Passam então pelo estágio intermediário da pupa, em geral um tipo de hibernação em um casulo, como ocorre com as borboletas, ao final da qual surge o inseto adulto.

    A foto a seguir mostra os três estágios do processo de metamorfose completa:



    Reprodução
    Larva, pupa e inseto adulto.


    Os insetos possuem organismos simples, mas muito eficientes.
    Sua respiração é traqueal, com pequenas traquéias levando o oxigênio para o corpo.

    Alimentação dos insetos

    Os insetos também têm coração. E cérebro, sistema nervoso, tubo digestivo e sistema reprodutor. Tudo isto e mais aquelas anteninhas que são órgãos sensoriais multiuso.

    Quanto à alimentação, dificilmente encontraremos algo que algum tipo de inseto não coma. Há os carnívoros como o louvadeus, os vegetarianos como os gafanhotos e os onívoros, como as famigeradas baratas.

    Para cada tipo de dieta, os insetos apresentam um sistema bucal apropriado, triturador para os que mastigam como os besouros, picador para os incômodos como o pernilongo, sugador para as graciosas borboletas e lambedor para as ativas abelhas.

    Insetos e homens

    A convivência entre os homens e insetos nunca foi tranqüila. Pragas agrícolas podem destruir colheitas inteiras, muitas espécies são transmissoras de doenças e as mulheres adorariam se estivessem extintos todos os exemplares da sub-ordem das Blattaria, grupo que inclui as baratas.

    Mas estes pequenos, numerosos e poderosos seres são essenciais para o equilibrio dos ecossistemas, no qual exercem funções indispensáveis como apolinização das plantas. E também nos beneficiam com alguns produtos de sua arte, como o mel e a seda.

    Mas o melhor que os insetos nos oferecem é a oportunidade de aprendizado. A natureza investiu neles mais tempo e variedade do que com qualquer outro grupo de seres vivos, o que os torna o mais vasto campo de estudo da vida disponível no planeta.



























    Aves

    Únicos animais viventes que têm penas


    Reprodução
    Registro fóssil da espécieArchaeopteryx lithografica
    As aves são animais vertebrados que podem ser facilmente distinguidos pela presença de penas. A pena é uma característica exclusiva desses animais, ou seja, está presente em todas as espécies do grupo. Além disso, as aves não possuem dentes, são endotérmicas e apresentam um metabolismo elevado.

    As aves podem ser encontradas em todos os continentes e, atualmente, já foram descritas cerca de 12.000 espécies. Entre as espécies desse grupo há uma grande variedade de formas, tamanhos e hábitos. Existem desde espécies com poucos centímetros de altura até espécies como o avestruz, que pode atingir mais de dois metros de altura.

    Embora a maioria das aves esteja adaptada ao vôo, existem algumas exceções. O pingüim, por exemplo, não voa, mas pode nadar e mergulhar. Já o avestruz pode caminhar e correr.

    As aves surgiram durante a Era Mesozóica, cerca de 150 milhões de anos atrás. Acredita-se que elas evoluíram a partir de répteis bípedes, próximos aos dinossauros. O registro mais antigo de uma ave é o fóssil da espécieArchaeopteryx lithografica. Embora o Archaeopteryx possuísse penas, ele também apresentava outras características, como uma longa cauda e ossos compactos, mais semelhantes aos répteis do que às aves atuais.

    Adaptações para o vôo

    As aves possuem diversas adaptações para o vôo que estão relacionadas ao formato aerodinâmico e à redução do peso do corpo. A presença de membros anteriores, transformados em asas, e de penas são algumas dessas adaptações. A pena é uma estrutura leve, mas ao mesmo tempo flexível e resistente. Além de atuar no vôo, é também um importante isolante térmico.

    O isolamento térmico fornecido pelas penas foi essencial para o surgimento da endotermia nas aves. Isso permitiu que o calor produzido pela alta taxa metabólica desses animais não se dissipasse para o ambiente externo. Esse isolamento também protege as aves da perda de calor gerada pela passagem do ar pelo corpo durante o vôo.

    Muitos dos ossos das aves são pneumatizados. Isso significa que o seu interior é oco, o que os torna mais leves. No interior dos ossos pneumáticos existem extensões do pulmão chamadas de sacos aéreos. Os sacos aéreos contribuem para a redução da densidade das aves, além de promoverem a refrigeração interna e atuarem nas trocas gasosas durante a respiração.

    Outras características que contribuem para a redução do peso são: ausência de dentesausência de bexiga urinária e atrofia das gônadas fora da época reprodutiva. Além disso, as fêmeas geralmente só possuem um ovário.

    O osso que une as costelas na região ventral, o esterno, apresenta uma projeção chamada de quilha. A quilha é o ponto de inserção dos fortes músculos peitorais, responsáveis pelo batimento das asas.

    Digestão e excreção

    A ausência de dentes impede que as aves triturem o alimento na boca, antes de engolir. Esta função é assumida pela moela, uma região do estômago cujas paredes são dotadas de músculos fortes. Na moela os alimentos são triturados e esmagados, ou seja, é realizada a digestão mecânica. Algumas espécies armazenam pedrinhas na moela, que aumentam o atrito e auxiliam na trituração do alimento.

    Muitas espécies possuem um papo. O papo corresponde a uma dilatação da porção posterior do esôfago e serve para armazenar, temporariamente, o alimento coletado. Quando estão com filhotes, as aves podem armazenar alimento no papo para transportá-lo até o ninho e alimentar a prole.

    As aves, assim como a maioria dos répteis, excretam ácido úrico, uma substância nitrogenada que é insolúvel em água. As excretas são eliminadas na forma de uma pasta branca junto com as fezes, que possuem coloração escura.

    Reprodução

    A fecundação das aves é interna e, assim como os répteis, elas possuem um ovo terrestre com uma casca protetora externa. Internamente, encontram-se osanexos embrionários.

    As aves são animais ovíparos, ou seja, botam ovos que completam seu desenvolvimento fora do corpo materno. Isso contribui para a redução do peso da fêmea, pois ela não carrega o ovo ou o embrião dentro de seu corpo, como na ovoviviparidade e na viviparidade.

    As aves chocam os ovos e cuidam dos filhotes após o nascimento. Este comportamento de cuidado com a prole é chamado de cuidado parental. Em muitas espécies tanto a fêmea quanto o macho realizam esta atividade.

    Órgãos dos sentidos

    As aves possuem a visão e a audição bem desenvolvidas. Esses sentidos são essenciais para um deslocamento eficiente no ar, durante o vôo. Já o olfato é pouco desenvolvido na maioria das espécies.

    A produção de sons é realizada através de uma estrutura situada na base da traquéia, a siringe. A vocalização possui uma grande importância na comunicação das aves, sendo uma característica particular de cada espécie.











    especialidade de morcegos


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    Desde muito pequeno (entre 6 e 7 anos) gostei de aventuras malucas e uma delas era a caça de morcegos durante a noite para análise e depois solta-los (agora sei que é crime), o que me ajudou a tornar-me o nerd que sou.

    esp_morcegosespecialidade de Morcegos foi criada em 2001 pela NAD – Divisão Norte Americana com o objetivo de desmistificar todas as histórias, boatos e lendas que rondam os morcegos além de apresentar como esses mamíferos voadores são importantes para o ecosistema.
    Diferente do que muitas pessoas pessam e durante anos foi transmitida pelos filmes e livros, os morcegos são os únicos mamíferos capazes de voar e são divididos em duas subordens que são dos Morcegos - subordem Microchiroptera e as Raposas-voadoras – subordem Megachiroptera. Existe uma enorme variedade de morcegos, cerca de 1.000 espécies, os quais possuem uma das dietas mais variada entre os mamíferos, pois podem comer frutas, sementes, folhas, néctar, pólen, artrópodes, pequenos vertebrados, peixes e sangue, onde este último intem somente três espécies se alimentam exclusivamente de sangue, os chamados morcegos hematófagos ou vampiros, que são encontrados apenas na América Latina e no Sul do México.
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    Um morcego vampiro comum Desmodus rotundus
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    Esqueleto de um morcego vampiro comum “Desmodus rotundus”; note a dentição especializada.
    Uma das coisas mais interessantes que a grande maioria desses animais possui é um sexto sentido, aliado aos cinco a que nós humanos estamos acostumados, que é a ecolocalização, ou seja, orientação por ecos. Este sentido funciona basicamente da seguinte maneira: O morcego emite ondas ultra-sônicas, com frequência acima de 20 KHz, inaudíveis para humanos, pelas narinas ou pela boca, dependendo da espécie. Essas ondas atingem obstáculos no ambiente e voltam na forma de ecos com freqüência menor, sendo esses ecos percebidos pelo morcego. Com base no tempo em que os ecos demoraram a voltar, nas direções de onde vieram, e na frequência relativa dos ecos (efeito Doppler), os morcegos sentem se há obstáculos no caminho, assim como suas distâncias, formas e velocidades relativas. Isso é especialmente útil para caçar insetos voadores, e voar durante a noite, por exemplo, mas morcegos com outras dietas também usam bastante esse sentido.
    800px-Platyrrhinus
    Um morcego Platyrrhinus lineatus se alimentando de um fruto de caqui-do-cerrado
    Os morcegos são muito importantes para o equilíbrio do ecosistema, sendo um bom exemplo o controle de insetors. Um bom e esperto morcego insetívoro pode devorar mais de 600 mosquitos por hora, fazendo assim um rigoroso controle de população e comendo toneladas de insetos por ano.
    Outra grande importância dos morcegos comedores de frutas são que eles espalham sementes de centenas de espécies de árvores, contribuindo desta forma para a recomposição de nossas florestas e matas. Sendo uma enorme variedade de plantas dependente quase que exclusivamente dos morcegos para espalhar suas sementes, perpetuando as espécies. Há, pelo menos, 40 milhões de anos, eles se alimentam do pólen e do néctar das flores. A dieta, que pode ter se iniciado por acaso, faz com que esses animais contribuam para a regeneração das florestas e para a disseminação e distribuição de várias plantas.
    Hoje, estima-se que aproximadamente 250 espécies de morcegos dependem parcial ou totalmente das plantas como fonte de alimento. Para se ter uma idéia da importância dos morcegos, basta dizer que cerca de dois terços das angiospermas das florestas tropicais do mundo são polinizadas por eles. A dispersão das sementes também faz com que eles sejam os principais responsáveis pela regeneração de florestas degradadas.
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    Raposa-voadora “Pteropus giganteus” subordem Megachiroptera, família Pteropodidae
    Os morcegos apresentam uma gestação de dois a sete meses, dependendo da espécie. Os insetívoros têm um período de gestação de dois a três meses, enquanto que os fitófagos (frugívoros e polinívoros), em torno de três a cinco meses. O mais longo período de gestação pertence aos morcegos hematófagos, tendo uma gestação em torno de sete meses. Os filhotes (geralmente um por gestação) nascem sem pêlos ou com uma pelagem tênue.
    Como todos os animais, os morcegos só mordem para se defender, mas se caso você for mordido, ou mesmo um arranhado por morcegos faça o seguinte:
    • lave o local com bastante água e sabão;
    • não mate nem jogue fora o animal;
    • procure orientação médica na Unidade de Saúde mais próxima de sua casa imediatamente;
    • ligue para o Laboratório de Manejo de Animais Peçonhentos e Quirópteros ou órgão de saúde equivalente em sua cidade;
    • isso é muito importante para você e para toda a comunidade, o morcego tem que ser examinado!
    Uma das atividades legais da especialdiade é a construção da “box bat” ou caixa para morcegos, onde você pode ver AQUI como construir uma e pesquisar quais e quantas espécies de morcegos visitam sua casa.
    Além da modalidade básica existe a versão avançada, então espero que se divirtam com essa nova especialidade!

    Reprodução
    Os morcegos costumam descansar de cabeça para baixo

    Por muito tempo os morcegos foram e ainda são incompreendidos pela maior parte das pessoas. Isso acontece por causa do comportamento tímido e do hábito noturno (só saem para se alimentar à noite) da maioria das espécies desses animais, o que dificulta muito o seu estudo.


    Temer o que não se conhece é natural, mas não há motivos para ter medo dos morcegos. Muita gente tem aversão aos morcegos, mas muito do que se acredita em relação a esses animais não é verdade.


    Você já deve ter ouvido que todos os morcegos são cegos, fazem ninho nos cabelos das pessoas e até mesmo que eles atacam os seres humanos. Esses são apenas alguns exemplos de informações tão reais quanto a história do bicho-papão.


    Quanto à raiva, os morcegos podem transmiti-la, assim como os cães e gatos. Mas é importante ressaltar que não são todos os morcegos que transmitem essa doença para as pessoas. São morcegos que se alimentam de sangue (hematófagos) e essas espécies existem apenas em regiões tropicais - o que infelizmente inclui o Brasil.


    Um morcego raivoso apresenta comportamento estranho e anormal - eles ficam deitados no chão. Então, quando uma pessoa vai removê-lo, pode ser mordida. Portanto, se você encontrar um morcego no chão, não tente tocá-lo. Em caso de mordida, procure imediatamente o posto médico mais próximo para tomar a vacina contra a raiva.


    Quirópteros
    Os morcegos são também conhecidos como quirópteros, porque os cientistas os consideram tão únicos que os colocaram em um grupo só deles - a ordemChiroptera, que significa "mãos de asa".


    Eles são mamíferos como os seres humanos e mais parecidos com esses últimos do que com os ratos. Se você olhar bem para a asa de um morcego poderá perceber que a última parte da asa é formada por cinco dedos alongados!


    Os morcegos são tão próximos dos humanos, que fazem parte do grande grupo dos Archonta - do qual também fazem parte os macacos e lêmures. Isso significa que eles são muito mais "macacos de asa" do que "ratos alados", como normalmente se pensa.


    Finalmente, é bom lembrar que os morcegos também cuidam de seus filhotes tão bem quanto os seres humanos e ainda têm o hábito de adotar morceguinhos órfãos. Além disso, por serem os únicos mamíferos capazes de voar, não deixam de ser também nossos representantes dos céus.


    Comportamento
    Existe cerca de 900 espécies de morcegos, segundo as ONGs "International Bat Conservation" (Conservação Internacional dos Morcegos) e "Friends of Bats" (Amigos dos Morcegos). Dentre essas espécies, apenas três se alimentam de sangue. São chamadas hematófagas.


    Mas os morcegos vampiros não gostam de sangue humano e também não matam os animais dos quais se alimentam. Em fazendas, é comum esse vampirinho sugar sangue de cavalos e gado, mas a quantidade do líquido vermelho sugado é muito pequena - cerca de uma colher de sopa. Isso porque o tamanho do morcego vampiro é muito reduzido - alguns cabem na palma de nossa mão.


    Todas as outras espécies de morcego alimentam-se ou de insetos (são de menor tamanho, porém maiores que os morcegos vampiros) ou de frutos. Os que comem frutos têm cara de raposa e são os maiores morcegos. A maior espécie do mundo, conhecida como "raposa voadora", chega a medir dois metros de uma asa à outra e vive na Austrália. É o que você vê na foto acima.


    Esses morcegos são tão bonitos que muita gente se interessa em tê-los como animais de estimação, mas essa prática é desaconselhável, visto que o animal vive melhor em liberdade.


    Audição
    Ao contrário do que muita gente pensa, os morcegos enxergam tão bem quanto os seres humanos e algumas espécies conseguem ver até melhor do que nós - é o caso das espécies que se alimentam de frutos.


    Mas o sentido especial dos morcegos é a audição. Eles usam o som de alta freqüência para localizar suas presas e filhotes. Esse sistema muito utilizado pelos morcegos insetívoros é chamado de ecolocação - o morcego emite um som, recebe o eco e conforme o modo como escuta o eco, ele sabe exatamente onde está sua presa. A mãe morcego e seu filhote reconhecem-se através de suas "vozes" e cheiro.


    Importância 
    Os morcegos estão entre os animais mais gentis, benéficos e até mesmo necessários da Terra. Eles ocupam quase todos os lugares do planeta - exceto os pólos, que são muito frios. Em todos os locais onde vivem, são essenciais para o equilíbrio da vida, pois comem toneladas de insetos (inclusive os mosquitos que nos transmitem doenças como a dengue e a malária).


    Para se ter uma idéia, um morcego insetívoro pode comer até 3.000 insetos em apenas uma noite - isso equivale a um ser humano comer 50 pizzas! Um grupo de morcegos pode comer cerca de meio milhão de insetos por noite. É um verdadeiro banquete!


    Todo mundo sabe que aves como o beija-flor polinizam flores. Os morcegos também são grandes polinizadores, não só de flores, mas ainda de frutos e árvores - aliás, sem os morcegos não poderíamos comer banana, caju, manga e muitas outras frutas que são polinizados apenas por eles. Diversos estudos mostram que, sem os morcegos, muitas florestas tropicais desapareceriam.


    Em alguns lugares dos Estados Unidos, como na Flórida, pessoas que se informaram sobre os benefícios de se ter morcegos insetívoros por perto, até constroem casinhas para eles e colocam bebedouros. Mesmo assim, já existem muitas espécies de morcegos em extinção. Muita gente ainda os mata por considerá-los prejudiciais, ou seja, por falta de informação. 















    Mamíferos - J


    bem, como cobinado, segue abaixo a ajudinha quanto a especialidade de mamíferos. ok? joguem duroooo…

    Mamíferos são todos os animais cujas fêmeas produzem leite para seus filhotes. Eles possuem as seguintes características: possuem pelos que têm a função de revestir e proteger o corpo desses animais, além disso, o corpo desses animais possui glândulas chamadas de sudoríparas (que são responsáveis pela produção do suor que esfria o corpo) e as sebáceas (que produzem gordura para manter a flexibilidade dos pêlos e evitar perca excessiva de água).
    Os mamíferos são chamados de “animais de sangue quente”, o que lhes confere a característica de homeotermos, que significa dizer que são capazes de resistir a temperaturas muito frias ou quentes sem absorver a temperatura do meio.
    Podemos encontrá-los divididos nas seguintes ordens:
    1Marsupial: Mamíferos cujos filhotes passam um período de gestação no útero da fêmea e nascem sem estar completamente formados. Após o nascimento vão para omarsúpio (bolsa que fica do lado de fora do corpo do animal) da mãe e aí completam seu desenvolvimento, se alimentado de leite materno. Ex.: Canguru, gambá e a cuíca.
    2. Insetívora: Animais de focinhos alongados que se alimentam principalmente de insetos. Ex.: Toupeira
    3. Quiróptero: mamífero voador de hábitos noturnos. Ex.: Morcegos.
    4. Carnívoro: Animais que alimentam-se de carne. Ex.: Gato, cachorro, leão, urso, guaxinim, hiena, leão-marinho, morsa, foca, etc.
    5. Pinípede: Constitui uma ordem de mamíferos aquáticos. Ex.: Focasleões-marinhos e morsas.
    6. Roedor: Também chamada de Rodentia essa ordem é constituída de animais que possuem dois pares de dentes incisivos adaptados a roer alimento. Ex.: rato, chichila, capivara, paca, esquilo.
    7. Lagomorfo: Dois pares de dentes bem desenvolvidos, diferenciando dos roedores por apresentarem mais dois pares de dentes atrás dos incisivos. Ex.: coelho; lebre.
    8. Artiodáctilo e perissodacilo: caracterizado por possuírem casco nas patas. Ex.: porco, hipopótamo, veado, camelo, girafa, carneiro, boi, cavalo, rinoceronte, anta.
    9. Sirenídeo: Mamíferos aquáticos que possuem membros anteriores em forma de nadadeiras e posteriores ausentes e a cauda bem desenvolvida e as narinas na face. Ex.: peixe-boi, que vive nos rios da região amazônica e no litoral do Nordeste.
    10. Cetáceo: Mamíferos aquáticos que possuem membros anteriores em forma de nadadeiras e posteriores ausentes e a cauda bem desenvolvida e as narinas no alto da cabeça. Ex.: Baleias e golfinhos.
    PARA PESQUISAR: Qual é o maior e o menor mamífero do mundo e dizer onde eles moram, como se alimentam e de que se alimentam.